Qual a diferença entre renda fixa e renda variável?

Com tantos produtos financeiros no mercado de investimentos, conhecer cada modalidade é bem importante. E hoje, o Mycon vai esclarecer qual é a diferença entre renda fixa e renda variável, uma dúvida ainda bastante comum entre aqueles que começaram ou querem iniciar seus investimentos. Então, se essa é sua dúvida também, você está no lugar certo! 

Acompanhe o conteúdo que preparamos e descubra qual a diferença entre renda fixa e renda variável, as vantagens e desvantagens de cada uma, e quais são as principais formas de investir nessas modalidades. Vamos lá? Boa leitura!

Renda fixa e variável: como funciona cada modelo de investimento

Para saber qual a diferença entre renda fixa e renda variável, vamos falar sobre como funciona investimento em renda fixa e em renda variável, assim você terá um panorama geral e ficará mais simples de chegar na resposta da grande pergunta: qual é a diferença entre renda fixa e renda variável. Veja!

Como funciona o investimento em renda fixa?

De uma forma muito prática, podemos dizer que o investimento em renda fixa é um tipo de empréstimo, no qual o investidor fornece os recursos para o emissor do título, tornando-se assim credor. Na renda fixa os emissores do título geralmente são o Governo, instituições financeiras ou empresas, que se valem da estratégia de captação de recursos. 

Em troca, o dinheiro será devolvido ao investidor em um prazo estabelecido, acrescido de uma taxa de juros, previamente definida no ato do investimento. Ou seja, ao investir em renda fixa, o investidor sabe, desde o início, como serão calculados os rendimentos ao longo do tempo. Assim, o investimento em renda fixa é considerado um investimento de baixo risco, já que não haverá tantas surpresas em relação ao resultado final.

A rentabilidade da renda fixa depende do valor da Selic, que determina o valor da taxa do CDI, principal medida de retorno. A rentabilidade pode ser pré- fixada, pós-fixada e híbrida (geralmente IPCA +taxa prefixada). Na pré-fixada, a remuneração é fixa, por exemplo, recebimento de 5% de juros anuais, que se mantém até o vencimento do título.

Na pós-fixada, a rentabilidade está atrelada a um indexador específico – Selic, CDI ou IPCA. Quando esses índices aumentam, o retorno também aumenta, mas, da mesma forma, quando eles caem, o rendimento também cai. Neste caso, a certeza do valor do retorno não pode ser prevista, e a segurança é a de que o indexador será acompanhado.

Por fim, a rentabilidade híbrida é uma combinação de taxa pré-fixada com taxa pós-fixada, geralmente IPCA. Nesse caso, a rentabilidade final só é conhecida no vencimento do título. 

Como funciona o investimento em renda variável?

O investimento em renda variável é totalmente oposto ao investimento em renda fixa. Na renda variável, a rentabilidade do investimento não é prevista antecipadamente e podemos dizer que, algumas vezes, nem mesmo é possível saber se o investimento será rentável, já que ele pode ter perdas financeiras nos aportes realizados.

No  investimento em renda variável, os ativos possuem mais oscilações, pois o investidor não faz empréstimo à outra parte: ao invés de atuar como credor, ele participa do investimento, colocando-se, portanto, em risco.

Como exemplo prático, para você compreender melhor, temos o investimento em ações. Nele, você se torna sócio de um negócio e se expõe aos resultados obtidos. E lembrando que os produtos da renda variável têm seu valor atrelado com base na oferta e procura, ou seja, se mais pessoas estão interessadas em um determinado ativo, seu valor aumenta.

Dessa forma, fica evidente que os investimentos de renda variável sofrem alterações constantes, pois são influenciados por aspectos econômicos, políticos, crises, guerras, taxa de juros, inflação, entre outros. Mas é justamente esse risco da oscilação que faz com que esse tipo de investimento tenha maiores possibilidades de ganhos, ou seja, rendimentos mais altos. 

Qual é a diferença entre renda fixa e renda variável?

Para respondermos qual é a diferença entre renda fixa e renda variável, separamos os 4 principais fatores que mudam de uma para a outra:

• Rentabilidade

Na renda fixa, a rentabilidade é definida no ato da aplicação e se mantém até o final do vencimento do título. Já na renda variável, a rentabilidade não pode ser prevista antecipadamente, pois varia ao longo do tempo, podendo trazer altos retornos ou perdas.

• Prazos

Na renda fixa, o capital deve ser mantido por um período determinado, e o resgate antecipado pode ser penalizado. Na renda variável há a flexibilidade de compra e venda a qualquer instante, como no caso das ações e criptomoedas.

• Liquidez

A liquidez é uma das principais respostas quando pensamos em qual a diferença entre renda fixa e renda variável. Na renda fixa, pode ocorrer delimitação para a venda antecipada, especialmente no caso de títulos de maior duração, já na renda variável a liquidez é alta, o que possibilita a venda rápida, principalmente em ativos como as ações.

• Volatilidade

Os ativos da renda fixa têm baixa volatilidade, sendo um ótimo investimento para quem busca estabilidade. Enquanto isso, os ativos da renda variável sofrem grandes oscilações em períodos bem curtos, sendo um tipo de investimento mais atraente para quem tem maior tolerância a risco, ou já tem uma boa reserva de emergência construída. 

Quais são os melhores investimentos de cada modalidade?

A seguir, vamos mostrar quais são as principais formas de investir em cada uma das modalidades, ou seja, as mais buscadas e utilizadas pelos investidores, independente de qual a diferença entre renda fixa e renda variável. Acompanhe:

Melhores investimentos em renda fixa

Podemos dividir o investimento em renda fixa em 3 classes de produtos:

1. Renda fixa bancária

• CDB;
• LCA;
• LCI.

2. Renda fixa privada

• CRI;
• CRA;
• Debêntures.

3. Renda fixa pública

• Títulos do Tesouro Nacional.

Melhores investimentos em renda variável

• Ações;
• Fundos Imobiliários;
• Exchange – traded fund (ETFs);
• Fundos de Investimento;
• Câmbio;
• Commodities.

Vantagens e desvantagens da renda fixa

A renda fixa é um tipo de investimento popular entre investidores que buscam maior segurança e previsibilidade nos retornos. Esse tipo de aplicação oferece diversas vantagens, sendo a principal delas a segurança. Muitos títulos de renda fixa são garantidos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que assegura a devolução do dinheiro aplicado até um determinado limite, caso o banco quebre. 

Além disso, a previsibilidade de retorno é uma grande vantagem, facilitando o planejamento financeiro e dando mais tranquilidade ao investidor. Outro ponto positivo é a diversidade de opções disponíveis, como mostramos acima, o que permite diversificar sua carteira conforme seu perfil de risco e objetivos financeiros. 

Alguns investimentos de renda fixa, como o Tesouro IPCA+, também oferecem proteção contra a inflação, garantindo um retorno real positivo. Além disso, produtos como LCI e LCA são isentos de Imposto de Renda para pessoas físicas, o que pode aumentar ainda mais a atratividade desses investimentos.

No entanto, a renda fixa também possui algumas desvantagens que precisam ser consideradas. Uma das principais é o retorno limitado em comparação com investimentos de renda variável, como ações. Outro risco é o risco de crédito, que se refere à possibilidade de o emissor do título, como um banco ou empresa, não conseguir honrar seus compromissos. Esse risco é maior em títulos privados, como CDBs e debêntures, em comparação com títulos públicos. 

Alguns investimentos de renda fixa também podem ter liquidez limitada, o que significa que o investidor pode ter dificuldades para vender o título antes do vencimento ou pode ter que vendê-lo a um preço inferior. 

Vantagens e desvantagens da renda variável

Vamos agora conhecer as vantagens e desvantagens da renda variável. A renda variável é uma modalidade de investimento caracterizada pela possibilidade de altos retornos, mas também pelo risco de perdas significativas, pois seu valor é influenciado por uma série de fatores externos, como condições econômicas, políticas e de mercado. Por isso, entre as vantagens da renda variável, destaca-se o potencial de ganhos superiores ao da renda fixa. 

Investimentos em ações, fundos imobiliários, ETFs e outros ativos oferecem ao investidor a oportunidade de lucrar tanto com a valorização do ativo quanto com o recebimento de dividendos ou juros sobre o capital investido. Outro ponto positivo é a liquidez: muitos ativos de renda variável, como ações, são negociados em bolsas de valores, o que permite a compra e venda rápida, geralmente com baixa volatilidade de mercado.

Por outro lado, a renda variável possui algumas desvantagens significativas, principalmente para os mais conservadores. O risco é a principal delas, uma vez que o valor dos ativos pode oscilar drasticamente em curtos períodos devido a fatores imprevisíveis. Isso pode levar a perdas significativas, especialmente para investidores que não estão preparados ou que não têm um objetivo de investimento de longo prazo. 

Outro ponto negativo é a necessidade de maior conhecimento e acompanhamento constante. Ao contrário da renda fixa, na qual o retorno é mais previsível, a renda variável exige que o investidor esteja atento às tendências de mercado, análises de empresas e fatores macroeconômicos que possam impactar seus investimentos. 

Além disso, existe a possibilidade de custos elevados, como taxas de corretagem e impostos sobre ganhos de capital, que podem reduzir a rentabilidade líquida dos investimentos em renda variável. 

Qual o investimento que rende mais?

Já sabe qual é a diferença entre renda fixa e renda variável e conhece as vantagens e desvantagens de cada uma delas, mas quer saber qual é o investimento que rende mais? Bom, o investimento que rende mais depende do tipo de investimento e do cenário atual, por isso é tão difícil dar uma resposta só. 

Dessa forma, na renda fixa procure produtos que rendam mais que 100% do CDI, como alguns CDB, LCIs e LCAs, Debêntures, Tesouro Direto IPCA+. Já nos produtos de renda variável, temos, na Bolsa de Valores, as ações, os FIIs, BDRs (Brazilian Depositary Receipts) e ETFs, com grandes chances de superar o CDI.

Quais são as principais formas de investir?

Conhecendo qual a diferença entre renda fixa e renda variável, você percebe que não há certo ou errado na forma de investir, tudo depende do objetivo, perfil do investidor e claro, conhecimento das possibilidades de diversificação. 

Sabendo qual é a diferença entre renda fixa e renda variável, podemos dizer que o investimento em renda fixa é ideal para quem quer começar a investir e também para os investidores com perfil mais  conservador. Já os investimentos em renda variável são ideais para os investidores que têm uma maior tolerância aos riscos e que buscam por melhores retornos. 

Agora, se você busca outras formas de investir, o consórcio é um investimento seguro para quem pensa em aumentar o seu patrimônio, lucrar a médio e longo prazo ou quer adquirir um bem ou serviço, sem financiamento e sem ter que pagar nada à vista.  Com o consórcio você pode melhorar a sua educação financeira, uma vez que o controle financeiro será essencial nesse investimento.

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